sexta-feira, 18 de maio de 2007

O Dia é hoje!

Do 18 eu gosto, porque soma 9, meu número favorito. É recomeço, reciclagem, e também uma espécie de limite, de topo. É a união do começo com o quase-fim, o quase lá.

Maio é o mês das mães, da mulher,do trabalho, e do aniversário de pessoas que gosto muito. Mês de taurinos, que só são teimosos com que teima com eles (risos). Do coração bom e grande, mas justo.

Juntando os dois, só poderia dar coisa boa! O 18 de maio não é o dia do índio, mas é da minha índia (haha). Eu não sei como ela consegue reunir, nesse corpão, tanta doçura, ironia, inteligência e ingenuidade.


É fascinante quando ela usa as roupas de
reuniões sérias, mas solta uma piadinha interna de quem tá num bar que não é da “via gastronômica”. Quando ela sorri por nada, quando fica braba com as imitações, como se satisfaz fazendo cócegas, e como se desespera quando a gente reage da mesma maneira: “eu posso, tu não”.


Abraça gostoso, beija melhor ainda, e consegue reduzir os problemas que nem são dela com uma facilidade incrível. É mais tagarela do que eu (ohhhhhhhhhh!) e suporta algumas das crises mais sem nexo que tive nos últimos anos. E claro, minha fornecedora de conteúdos neo-áudio-visuais.

É uma jornalista brilhante, uma amiga confiável e uma namorada daquelas que a gente fica procurando defeitos grandes, mas não encontra.

Diz que não é paciente, mas pra mim parece. E diz que nunca a vi braba de verdade. Bom, eu juro que tento, provoco, pentelho, fico rindo, mas nada de ela embrabecer.

Lindona, feliz aniversário! Tô feliz por esse dia, e por poder passar esse e tantos outros contigo! Te adoro!

Um beijo do tamanho da minha admiração!

* E fica tranqüila que é apenas uma coincidência ser hoje, também, o dia mundial da luta anti-manicomial! Rsss

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Inteligência Espiritual


Voltei de ré na descida da montanha russa, apenas algumas horas depois do foda-se.
Fez (fiz) bem.

Encontrei isso no portal da Folha de S. Paulo.
Uma pequena editada, pra não perder o instinto jornalístico.




O ESPÍRITO INTELIGENTE


Psicólogos, filósofos e teólogos identificam competência do homem para refletir sobre a existência para dar sentido à vida Durante muito tempo, o mundo viveu uma verdadeira obsessão por testes para medir o quociente de inteligência (QI), baseados na compreensão e manipulação de símbolos matemáticos e lingüísticos. Nos anos 90, descobriu-se, no entanto, que QI elevado não era sinônimo de sucesso. Para se dar bem na vida, era preciso ter também inteligência emocional (QE), ou seja, ter autoconhecimento, autodisciplina, persistência e empatia.
Agora, o que psicólogos, filósofos e teólogos estão dizendo é que QI e QE podem trazer crescimento profissional e financeiro, mas, para ter paz interior e alegria, o ser humano precisa ter também inteligência espiritual. Precisa ter capacidade de encontrar um propósito para a própria vida e de lidar com os problemas existenciais que surgem em momentos de fracasso, de rompimentos e de dor.
"Do contrário, por que tantas pessoas inteligentes e sensíveis às necessidades dos outros sentem um vazio em suas vidas?", pergunta a psicóloga e filósofa americana Danah Zohar, autora do livro "Inteligência Espiritual", e formada na Universidade de Harvard e no MIT (Massachusetts Institute of Technology), Zohar descobriu a importância da inteligência espiritual como consultora de liderança estratégica para grandes empresas como Shell, Philip Morris e Volvo.

"Eu estava falando com um grupo de executivos bem-sucedidos, e um deles, com
cerca de 30 anos, disse que tinha um alto salário, uma família legal, mas
sentia um buraco no estômago. E todos os outros fizeram um gesto com a
cabeça, concordando com ele", contou Zohar.

O consultor de relações humanas e comunicação João Alberto Ianhez, que desde 1999 já deu cursos sobre inteligência espiritual para funcionários de cerca de 20 empresas brasileiras, diz que o materialismo e o egocentrismo do mundo moderno provocaram uma grande crise existencial.
As pessoas passaram a buscar a felicidade em bens materiais e não conseguem mais encontrar um sentido para suas vidas. "Elas estão caminhando em busca do nada", comenta. É em situações como essa que a inteligência espiritual, segundo os especialistas, tem um papel importante.
"Ela nos permite encontrar um senso de propósito e direção", garante o rabino Nilton Bonder, que acaba de lançar o livro "Fronteiras da Inteligência, a Sabedoria da Espiritualidade". O rabino ressalta, no entanto, que inteligência espiritual não tem nada a ver com religiosidade. Muitas pessoas religiosas, segundo ele, têm uma sabedoria espiritual baixíssima porque buscam na religião apenas certezas e "salvação"; não percebem a importância do questionamento.

A inteligência espiritual, também chamada de QS (do inglês "spiritual quocient"), é a inteligência que leva o ser humano, segundo Zohar, a criar situações novas, a perceber, por exemplo, a necessidade de mudar de rumo, de investir mais num projeto ou de dedicar mais tempo à família.
Enquanto o QI resolve primordialmente problemas de lógica e o QE nos ajuda a avaliar as situações e a reagir a elas de forma adequada, levando em conta os próprios sentimentos e os dos outros, o QS nos leva a indagar, de início, se queremos estar nessa situação, se o nosso trabalho, por exemplo, está nos dando a satisfação de que necessitamos ou se essa é a vida que queremos levar.
"Nós usamos a inteligência espiritual quando nos sentimos num impasse, quando enfrentamos as armadilhas de velhos hábitos ou quando temos problemas com doenças ou sofrimentos. O QS nos mostra que temos problemas existenciais e nos aponta os meios de resolvê-los", explica Zohar.

PROVAS CIENTÍFICAS
Embora a expressão inteligência espiritual só tenha surgido na virada do século, a necessidade humana de encontrar um sentido mais amplo para a vida acompanha o homem desde o seu surgimento, afirma Zohar. A novidade é que alguns cientistas americanos estão começando a encontrar evidências de que o cérebro humano foi programado biologicamente para fazer perguntas como: "Quem sou?", "Por que nasci?", "O que torna a vida digna de ser vivida?".
No início dos anos 90, o neuropsicólogo americano Michael Persinger e, mais recentemente, em 1997, o neurologista Vilayanu Ramachandran, da Universidade da Califórnia, identificaram no cérebro humano um ponto chamado de "ponto Deus" ou "módulo Deus", que aciona a necessidade humana de buscar um sentido para a vida.
Esse centro espiritual localiza-se entre conexões neurais nos lobos temporais do cérebro. Escaneamentos realizados com topografia de emissão de posítrons (antipartícula do elétron) mostraram que essas áreas se iluminam toda vez que os pacientes discutem temas espirituais ou religiosos.
Essa atividade do lobo temporal tem sido ligada há anos às visões místicas de epilépticos e de usuários do alucinógeno LSD. Mas a pesquisa de Ramachandran mostrou, pela primeira vez, que o centro espiritual também está ativo nas demais pessoas. O "ponto Deus" mostra que o cérebro evoluiu para fazer perguntas existenciais, para buscar sentidos e valores mais amplos, diz Zohar.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Redondo dentro do quadrado

Deve ser meu sub-consciente gritando, virando super-escancarado consciente. “Não vou me adaptar”, canta o Nando Reis, depois do dedão no repeat. Não é a barba. Foi o sono com sonho, daqueles que a gente passa a noite correndo ou brigando, e acorda podre de cansaço.

NÃO VOOOOOOOU ME ADAPTAAAAAAAAAAAAR. É, e os terapeutas que dizem que a gente interioriza. Mas como assim, se o troço já vem de dentro? Não, não entendo. Vai ver, parei de estudar psicologia por isso.

Sabe quando chega? Mas chega de ir, não de se aproximar. É, isso, aquele de cheeeeeeeeeeeeeeeeega. Pois então, chegou chegando. Tô que nem piloto depois da altura ideal. Liguei o piloto automático. É o jeito, pra não surtar, ou pra não ter mais de 3 surtos por dia.

Então, como já reclamei pra tanta gente e já externei parte da minha irritação, eu só quero dizer um Foda-se, mas um foda-se com o dedão carcado, com luzes de emergência e água jorrando do teto, com bombeiros e fogo, e pedaços de concreto, aço, com corações sendo retirados direto, sem precisar de crematório.

Um foda-se a tudo que eu abomino, que lutei e ainda vou lutar para mudar, mas hoje não quero saber. Vou entrar num sono profundo, vou continuar dentro dos tapumes, que agora são paredões. Ficarei inerte aos sons, especialmente aos que me irritam e são pronunciados por humanos. Haverá apenas trilha sonora, e ela não se repete como nas rádios de internet.

Um foda-se pra lá de feliz – só pra provar pra mim mesmo que eu sou não estou tão ranzinza assim.