sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Dá pra acreditar

No dia em que achei que o meu fundo de investimento tinha me garfado uma grana, Acabei arrumando outro problema: esqueci minha pasta de contas no banco.

Dia 1o, fila, povaréu. E a minha pasta com adesivo do South Park lá. Conta de água, luz, telefone, meus recibos de aluguel, cópia de documentos, de holetirte de salário. Só senti falta de noite, qdo cheguei em casa.


Foi o motivo para ter minha noite de Homer Simpson: cerveja barata, salgadinho, sofá e qualquer merda, tipo novela, na televisão. E foi bom!

Dia seguinte, voltei no banco, ainda com esperança. E não é que guardaram a minha pasta. Nem abriram (pela ordem que estavam as coisas, só eu saberia!). Fiquei feliz, agradeci, é claro. E agora, por coisas simples como essa, dá para acreditar um pouco mais nas pessoas.

Eu ainda acredito.





terça-feira, 2 de outubro de 2007

Teu Passado...

Por aí, encontrei um caco do passado da Mônica Veloso. A minha (argh) colega de profissão que vai sair peladona, depois de tirar a roupa e a máscara do Renan Calheiros. Já não bastasse Tiazinha e companhia com esse papo de estudar jornalismo, moniquinha já era dessas?

Li em alguns blogs: quem estudava com ela dizia que o nariz era mais empinado que os ...... rmm, issaê. Que mal falava com outros alunos e só papeava com o pessoal da Globo. Bom, também pode ser inveja, porque isso, nesse meio, tem de monte...

Isso tudo em 1993, quando eu ainda tava na 6a série!

O vídeo é da época do DFTV, que ela ancorou.
Atenção para alguns detalhes, bem melhores que ela mesma no vídeo:

* O blazer rosa, quatro vezes o número dela. A blusa branca tem um detalhe na gola
* A Délis Ortiz bem novinha, com uma matéria simples e bonitinha. Talento, né!
* O MELHOR: O patrocínio da Fundação Luiz Estevão. Quem não se lembra do ex-senador picareta?

Tinha mesmo que acabar em porpeta...


terça-feira, 18 de setembro de 2007

Saía eu do Angeloni (sempre moro perto dos Angeloni, em toda cidade que passo, vai entender?). Carrinho com meia dúzia de coisas de comer e mais meia dúzia de limpar a casa. Cruzava a porta da frente, após descer a rampinha lateral. Aí, o carrão parou.

Não lembro a marca. Era um banheirão. Um arrojado banheirão preto, encerado e marcado por uma garoa. Estacionou bem na vaga do "carga e descarga". Puxou o freio de mão e abriu a porta.

Eu, instintivamente, sacudi a cabeça e baixei, como quem diz "não, não...". O tiozão saiu do carro. Cabelo duro pra trás, garganteou:

- É carga e descarga, mas eu nã0 vou demorar, viu? Não precisa ficar balançando a cabeça - falou, com sotaque inconfundivelmente carioca. E bateu a porta.

Sorri por dentro. Abri a porta do caroneiro do Mr. Eko e coloquei as compras atrás do banco, bem devagar. Ainda degustava a indignação descabida do lambido quando ele apareceu, lá de trás, gritando de novo. Eu já me dirigia para a porta

- Viu? Eu já voltei. Eu não demorei, disse o cara, com uma sacola (que não era de compras na mão).

Acenei que sim com a cabeça, estendi o polegar. Mas mantive meu risinho nos lábios. Entrei no carro, o homem veio atrás:

- Quem você acha que é pra ficar me tirando assim, hein? Te conheço?

Respondi, ainda sorrindo:

- O meu nome é Rodrigo. E devo ser bem importante pra você dar tanta bola pro que eu penso, né?

Acho que vi fumacinhas saindo da cabeça dele, quando deu meia volta. Eu engatei a ré, depoiis a primeira. Entreguei o cartão do estacionamento e saí, com o cara logo atrás. Acelerava sem estar engrenado. Cruzamos duas esquinas juntos, até que ele quebrou à esquerda e sumiu, acelerando seu possante. Eu ia acenar. Mas não precisou.

Falou!

sábado, 15 de setembro de 2007

Nem tanto

No auge das minhas alegrias efêmeras, acordei assim. Não como ontem, e tomara que nem como amanhã. Vai ver, sonhei que enfiavam lâminas incandecentes entre as minhas unhas e meus dedos, fazendo com que descolassem.

Dói na alma. E logo a alma, que é o segredo do negócio?

Sobra o humor. Não tão refinado. Nem precisa! Por mim, já basta ser divertido.

Dois exemplares de grátis aqui embaixo! Um que sempre me anima, do filme "Segredo da Pantera Cor-de-Rosa". A cena do Steve Martin é impagável. Chego a murmurar "dambãrguer" quando ninguém espera. Arram, atestado de sanidade em dia!




Esse outro é um contrapeso. Tá puto? Ele também! Terça Insana, bem rodado e bem bolado.


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Feliz


Sou suspeito pra falar. Mas fiquei feliz comigo mesmo pelo resultado de um trabalho. Dos melhores que fiz na vida. Uma série de reportagens como todo repórter gosta: com personagens, ambientação, boas histórias e vida.

É a série "7 dias no Paraíso". Na verdade, o bairro mais pobre de Joinville. Morei lá. Ouvi choros, tiros, gargalhadas, xingões e palavras de carinho. Alguns rostos ainda estão muito claros na minha mente.

Mesmo sendo crítico demais comigo, hoje, dois meses após a publicação e A NOTÍCIA, ainda considero tudo super legal. Mesmo imaginando possíveis modificações.

O trabalho virou exposição. Foi primeiro ao bairro, e agora está no shopping cidade das Flores, em Joinville. Então, três vivas para todos os colegas que ajudaram esse pequeno sonho a se tornar real.

Pra terminar, um abraço forte no meu parceiro de jornada: Pena Filho, o brilhante fotógrafo que me acompanhou nessa jornada. O cartaz da foto ganhamos de uma leitora, que acompanhou a série do início ao fim.

Amanhã é folga.
Mas quem disse que eu consigo?

domingo, 9 de setembro de 2007

A Viagem

Resolvemos ir pra Floripa nós cinco. Nunca tínhamos feito isso. Não todos juntos, com o "Mr. Eko", nosso meio de transporte.

O Zeca Baleiro começou cantando. Acho que tava querendo ver qual é a da Ana Carolina:
//Sempre que te vejo assim, linda, nua, e um pouco nervosa...//







O Gessinger tava na frente. Sempre na frente. Uns 200 quilômetros, na bendita highway 101 norte (pra quem tinha que encarar a sul antes... é o céu!). Quase meia noite, mas eu desobedeci o cara. Se ele fez aquela merda com o cabelo, eu faço as minhas também, ué.

Fui só até 110. Porque 120, 160, não pode
E acho que o motor do Eko não agüenta.

O Zeca ainda tava animado, como se cantasse no Baile do Baleiro. "Vamos pra babylon??". Tava tudo na boa. Paramos pra encher o tanque, esvaziar a bexiga e comprar um rufles em Itajaí. Meus caroneiros foram gentis. Não torceram o nariz pro Ômega com cinco cuecas marombados que saiu cavando, com grunhidos saindo da caixa de som estourada.

Tava rolando muito som até os lados de Tijucas. Aí, do nada, a Ana se atravessou. Cortou a minha frente, numa reta quilométrica.
//Hoje eu acordei com sono /com vontade de brigar / Eu tô manero pra bater pra revidar provocação//

E ela mesma pulou pro refrão:
//Hoje você deu azar / hoje você deu azar / de que vale o seu cabelo liso e as idéias enroladas dentro da sua cabeça?//





Aninha foi gente boa. Nem me chamou de careca. Tudo bem que a cabeça tava zonza depois de 14 horas de trabalho. Mas por quê, por quê, Cérebro, você me faz parecer o Pink às vezes?

Quando ela soltou o vozerão, o Zeca e o Gessinger emudeceram. Liguei o pisca, saí do carro na 101 escura. Tava em algum lugar entre Tijucas e Governador Celso Ramos. Longe e tarde demais pra voltar. E enrascado o suficiente pra seguir

Quando arranquei, o pneu cantou, quem berrou fui eu. Descarreguei nos gritos a tensão dos dias, dos últimos e primeiros. Xinguei, chorei de raiva, fiz, eu mesmo, a minha louca tempestade. Aninha nem preciso abrir o bico.

O Zeca se animou:
// Um rio raso, um passo em falso //. Ainda tentou sugerir um atalho, um desvio

E o Gessinger escancarou:
//Eu vejo o horizonte trêmulo / Eu tenho os olhos úmidos

/Eu posso estar completamente enganado / Eu posso estar correndo para o lado errado
/ Mas a dúvida é o preço da pureza / E é inútil ter certeza //






Pois eu tive. Não estava lá no banco de trás. Nem em nenhuma outra parte do carro. Gritei de novo, mais alto que o som do Zeca e a gritaria deles todos na minha cabeça. A maldita tempestade na highway.

Só aí, o Lenine, que tava caladão, tirou o violão e começou a dedilhar. O braço de madeira resvalou na minha nuca, mas eu não liguei. O Filho da mãe fez todo mundo calar a boca, com meia dúzia de acordes. Relutei no começo, mas o cara insistiu, e todos silenciaram, até uma parte mais ou menos assim:

//E a loucura finge que isso tudo é normal / Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência


Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder/E quem quer saber
A vida é tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,a vida não para não
. //





O que parou foi o silêncio. Quando o pernambucano fez o bis da letra os outros três cantaram acapela. O Gessinger não quis aparecer, e a Ana não fez falsete. O Baleiro pareceu ter deixado as diferenças entre eles de lado. E o Lenine emendou "A ponte", logo que vi as luzes da Hercílio Luz. Foram cantando eles. Eu só dublei.

E eu, afinal, curti. Liguei o foda-se com um dedo e subi o som com outra.
Ainda deu tempo deles rolarem outras várias. Tudo dentro do Mr. Eko. Até eu, dirigindo e sem habilidade pra cordas, lembro de ter tocado violão, abafado pelas palmas deles. A Ana fez um cafuné rápido que me sacudiu a cabeça, como quem diz "deixa disso, rapá".

Deixei até chegar em casa. Eles ficaram no carro quando minha irmã veio me receber. Aí lembrei de novo do que tinha esquecido. Lenine até solou no violão de novo, mas não me contive. Com sono, puto e com sede, subi. Nem peguei a minha mala, com três pares de sapato, quatro camisetas, uma meia e nenhuma roupa de casamento. Eles se acomodaram no carro mesmo. Já tão acostumados a lugares bem mais estreitos como CDs e DVDs, onde eles moram.


Me convenci de que a culpa não foi minha, não. Foi do Murphy. Tinha que ter o desgraçado do quinto passageiro pra escangalhar a viagem!!!

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Bip-bip!


No carro, indo para uma pauta sobre headhunters (caça-talentos de executivos de empresas), lembrei do Coyote, aquele que sempre corre atrás do Papa-léguas (bip-bip), mas nunca pega.

O Papa-léguas (bip-bip) tem o talento nato de correr, e escapar de todas as enrascadas que o Coyote-caçador arma. Enquanto os pedestres iam mais rápido que o Mille branco, me convenci de que o Coyote é um cara com características que muita gente gostaria de ter na sua equipe.

Cara, ele é incrivelmente persistente. Mais persistente que o pessoal da esquadrilha do dick vigarista, que quer pegar o pombo-correio. O Coyote não desiste. Faz praticamente a mesma coisa todos os episódios: precisa capturar o Papa-léguas (bip-bip).

E cada vez, inventa algo diferente. Ou seja: sempre encontra outra maneira de fazer a mesma coisa. Por mais chato que isso possa parecer, ele muda, inventa, aperfeiçoa. E é esmagado, trucidado, queimado, explodido, picado mas ta lá. Ele e seus impagáveis produtos acme, que só podem sair da cabeça dele.

Quantas vezes eu reclamei da maldita pauta que se repete sempre? Aquela da chegada do verão, do movimento nas praias, das redundâncias que dizem o que todo mundo já sabe, “da imprudência dos motoristas que é a principal causa de acidentes?"

Então, agora, o Coyote será meu guru pessoal e profissional. Vou mudar o caminho, sem mudar o destino. Vou fazer diferente. Vou imitar o Coyote-coyó.

Mas um dia, eu pego o Papa-léguas. Daí eu solto, porque senão perde a graça.
* Aprendi a postar vídeo. Coyote se deu bem! Ou quase...



sábado, 21 de julho de 2007

Vontade

Deu vontade, deu tempo, deu um pouco de tudo.

Mais de dois meses parado. O Blog, porque eu não parei. Também não vivi muito.

Trabalho, trabalho, que tanto gosto e que alertam que um dia vai me prejudicar.


Escolhi, escolho, prefiro.

E quando me esgoto, vou para o meu sofá verde em casa, onde a chitara me recebe dando voltas de 360º em torno dela mesma.

E onde me aconchego, mesmo não achando o sofá mais confortável do mundo. Importa que eu e a Chelle, mesmo grandalhões, cabemos direitinho e nos esquentamos no inverno. Vendo algum seriado em DVD viciante, claro. Ou vendo um DVD que a gente não cansa.

Por falar em cansar, cansei.

Vou mesmo gostar daqui agora. É mais divertido.
Vou gostar, mesmo achando esse povo barbeiro e a cidade meio parada. De que adianta, se eu não tenho lá muito tempo pra correria dela?
Já consegui bastante encrenca e alguma coisa boa em seis meses. Mas as boas compensam, sim.

Tenho saudades absurdas da minha família. De amigos com quem conversava madrugadas a fio. De amigos que nem sabem o quanto são importantes para mim. E sinto saudades também gente que não falo ou vejo há meses. A saudade me corta por dentro como uma lança fere um guerreiro no peito, mesmo que ele use armadura.

Tenho saudades de andar na praia sem pressa e com alegria, quando ela está vazia. Sozinho, ou de mãos dadas, desde que a companhia seja boa. Saudades de ir a alguns mesmos lugares e pensar, "que bom, isso continua igualzinho". E muita, muita vontade de desbravar um bocado de coisas ainda.

Tenho saudades da infância. Mesmo ela sendo meio solitária em muitos momentos. E mesmo eu querendo ser logo adulto para querer usar gravata. Cresci, e não uso. Só em alguma ocasião muito fina. Nessas que a gente acaba dançando wiski A go-go.

Mas tenho, também, a minha vida nas minhas mãos. E apesar de todas essas saudades gostosas, eu sei o que estou fazendo com ela. E estou feliz. Quem está ao meu lado, e no meu coração, faz meu sangue correr quente e tranqülizante ao mesmo tempo.

Escolho ser feliz.
E agora, escolho aqui.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

O Dia é hoje!

Do 18 eu gosto, porque soma 9, meu número favorito. É recomeço, reciclagem, e também uma espécie de limite, de topo. É a união do começo com o quase-fim, o quase lá.

Maio é o mês das mães, da mulher,do trabalho, e do aniversário de pessoas que gosto muito. Mês de taurinos, que só são teimosos com que teima com eles (risos). Do coração bom e grande, mas justo.

Juntando os dois, só poderia dar coisa boa! O 18 de maio não é o dia do índio, mas é da minha índia (haha). Eu não sei como ela consegue reunir, nesse corpão, tanta doçura, ironia, inteligência e ingenuidade.


É fascinante quando ela usa as roupas de
reuniões sérias, mas solta uma piadinha interna de quem tá num bar que não é da “via gastronômica”. Quando ela sorri por nada, quando fica braba com as imitações, como se satisfaz fazendo cócegas, e como se desespera quando a gente reage da mesma maneira: “eu posso, tu não”.


Abraça gostoso, beija melhor ainda, e consegue reduzir os problemas que nem são dela com uma facilidade incrível. É mais tagarela do que eu (ohhhhhhhhhh!) e suporta algumas das crises mais sem nexo que tive nos últimos anos. E claro, minha fornecedora de conteúdos neo-áudio-visuais.

É uma jornalista brilhante, uma amiga confiável e uma namorada daquelas que a gente fica procurando defeitos grandes, mas não encontra.

Diz que não é paciente, mas pra mim parece. E diz que nunca a vi braba de verdade. Bom, eu juro que tento, provoco, pentelho, fico rindo, mas nada de ela embrabecer.

Lindona, feliz aniversário! Tô feliz por esse dia, e por poder passar esse e tantos outros contigo! Te adoro!

Um beijo do tamanho da minha admiração!

* E fica tranqüila que é apenas uma coincidência ser hoje, também, o dia mundial da luta anti-manicomial! Rsss

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Inteligência Espiritual


Voltei de ré na descida da montanha russa, apenas algumas horas depois do foda-se.
Fez (fiz) bem.

Encontrei isso no portal da Folha de S. Paulo.
Uma pequena editada, pra não perder o instinto jornalístico.




O ESPÍRITO INTELIGENTE


Psicólogos, filósofos e teólogos identificam competência do homem para refletir sobre a existência para dar sentido à vida Durante muito tempo, o mundo viveu uma verdadeira obsessão por testes para medir o quociente de inteligência (QI), baseados na compreensão e manipulação de símbolos matemáticos e lingüísticos. Nos anos 90, descobriu-se, no entanto, que QI elevado não era sinônimo de sucesso. Para se dar bem na vida, era preciso ter também inteligência emocional (QE), ou seja, ter autoconhecimento, autodisciplina, persistência e empatia.
Agora, o que psicólogos, filósofos e teólogos estão dizendo é que QI e QE podem trazer crescimento profissional e financeiro, mas, para ter paz interior e alegria, o ser humano precisa ter também inteligência espiritual. Precisa ter capacidade de encontrar um propósito para a própria vida e de lidar com os problemas existenciais que surgem em momentos de fracasso, de rompimentos e de dor.
"Do contrário, por que tantas pessoas inteligentes e sensíveis às necessidades dos outros sentem um vazio em suas vidas?", pergunta a psicóloga e filósofa americana Danah Zohar, autora do livro "Inteligência Espiritual", e formada na Universidade de Harvard e no MIT (Massachusetts Institute of Technology), Zohar descobriu a importância da inteligência espiritual como consultora de liderança estratégica para grandes empresas como Shell, Philip Morris e Volvo.

"Eu estava falando com um grupo de executivos bem-sucedidos, e um deles, com
cerca de 30 anos, disse que tinha um alto salário, uma família legal, mas
sentia um buraco no estômago. E todos os outros fizeram um gesto com a
cabeça, concordando com ele", contou Zohar.

O consultor de relações humanas e comunicação João Alberto Ianhez, que desde 1999 já deu cursos sobre inteligência espiritual para funcionários de cerca de 20 empresas brasileiras, diz que o materialismo e o egocentrismo do mundo moderno provocaram uma grande crise existencial.
As pessoas passaram a buscar a felicidade em bens materiais e não conseguem mais encontrar um sentido para suas vidas. "Elas estão caminhando em busca do nada", comenta. É em situações como essa que a inteligência espiritual, segundo os especialistas, tem um papel importante.
"Ela nos permite encontrar um senso de propósito e direção", garante o rabino Nilton Bonder, que acaba de lançar o livro "Fronteiras da Inteligência, a Sabedoria da Espiritualidade". O rabino ressalta, no entanto, que inteligência espiritual não tem nada a ver com religiosidade. Muitas pessoas religiosas, segundo ele, têm uma sabedoria espiritual baixíssima porque buscam na religião apenas certezas e "salvação"; não percebem a importância do questionamento.

A inteligência espiritual, também chamada de QS (do inglês "spiritual quocient"), é a inteligência que leva o ser humano, segundo Zohar, a criar situações novas, a perceber, por exemplo, a necessidade de mudar de rumo, de investir mais num projeto ou de dedicar mais tempo à família.
Enquanto o QI resolve primordialmente problemas de lógica e o QE nos ajuda a avaliar as situações e a reagir a elas de forma adequada, levando em conta os próprios sentimentos e os dos outros, o QS nos leva a indagar, de início, se queremos estar nessa situação, se o nosso trabalho, por exemplo, está nos dando a satisfação de que necessitamos ou se essa é a vida que queremos levar.
"Nós usamos a inteligência espiritual quando nos sentimos num impasse, quando enfrentamos as armadilhas de velhos hábitos ou quando temos problemas com doenças ou sofrimentos. O QS nos mostra que temos problemas existenciais e nos aponta os meios de resolvê-los", explica Zohar.

PROVAS CIENTÍFICAS
Embora a expressão inteligência espiritual só tenha surgido na virada do século, a necessidade humana de encontrar um sentido mais amplo para a vida acompanha o homem desde o seu surgimento, afirma Zohar. A novidade é que alguns cientistas americanos estão começando a encontrar evidências de que o cérebro humano foi programado biologicamente para fazer perguntas como: "Quem sou?", "Por que nasci?", "O que torna a vida digna de ser vivida?".
No início dos anos 90, o neuropsicólogo americano Michael Persinger e, mais recentemente, em 1997, o neurologista Vilayanu Ramachandran, da Universidade da Califórnia, identificaram no cérebro humano um ponto chamado de "ponto Deus" ou "módulo Deus", que aciona a necessidade humana de buscar um sentido para a vida.
Esse centro espiritual localiza-se entre conexões neurais nos lobos temporais do cérebro. Escaneamentos realizados com topografia de emissão de posítrons (antipartícula do elétron) mostraram que essas áreas se iluminam toda vez que os pacientes discutem temas espirituais ou religiosos.
Essa atividade do lobo temporal tem sido ligada há anos às visões místicas de epilépticos e de usuários do alucinógeno LSD. Mas a pesquisa de Ramachandran mostrou, pela primeira vez, que o centro espiritual também está ativo nas demais pessoas. O "ponto Deus" mostra que o cérebro evoluiu para fazer perguntas existenciais, para buscar sentidos e valores mais amplos, diz Zohar.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Redondo dentro do quadrado

Deve ser meu sub-consciente gritando, virando super-escancarado consciente. “Não vou me adaptar”, canta o Nando Reis, depois do dedão no repeat. Não é a barba. Foi o sono com sonho, daqueles que a gente passa a noite correndo ou brigando, e acorda podre de cansaço.

NÃO VOOOOOOOU ME ADAPTAAAAAAAAAAAAR. É, e os terapeutas que dizem que a gente interioriza. Mas como assim, se o troço já vem de dentro? Não, não entendo. Vai ver, parei de estudar psicologia por isso.

Sabe quando chega? Mas chega de ir, não de se aproximar. É, isso, aquele de cheeeeeeeeeeeeeeeeega. Pois então, chegou chegando. Tô que nem piloto depois da altura ideal. Liguei o piloto automático. É o jeito, pra não surtar, ou pra não ter mais de 3 surtos por dia.

Então, como já reclamei pra tanta gente e já externei parte da minha irritação, eu só quero dizer um Foda-se, mas um foda-se com o dedão carcado, com luzes de emergência e água jorrando do teto, com bombeiros e fogo, e pedaços de concreto, aço, com corações sendo retirados direto, sem precisar de crematório.

Um foda-se a tudo que eu abomino, que lutei e ainda vou lutar para mudar, mas hoje não quero saber. Vou entrar num sono profundo, vou continuar dentro dos tapumes, que agora são paredões. Ficarei inerte aos sons, especialmente aos que me irritam e são pronunciados por humanos. Haverá apenas trilha sonora, e ela não se repete como nas rádios de internet.

Um foda-se pra lá de feliz – só pra provar pra mim mesmo que eu sou não estou tão ranzinza assim.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Shhhhhhhhht!

Acordei em silêncio.
A minha respiração parecia mais ofegante.
O coração tava forte, mas preguiçoso
Eu tenho um estetoscópio embutido? Arram, tens, ô aberração.

Nenhum carro, um ou outro passarinho.
Eram bem-te-vis. Tavam no maior papo.
Voltei pra infância. Eles cantavam lá na casa "velha" também.
Aquela de tábuas pintadas de branco e janelas azuis - com grades nas salas.
A mesma que quando eu tava puto da cara, no auge dos meus 5 ou 6 anos, dava coice (isso!) na parede. Ainda escuto o barulho de tábua e ferro.
Ah, mas eu chutava devagar, pq tinha medo de derrubar o lado inteiro.
Imaginava que os grandes pregos que a sustentavam ficariam tortos
E os vizinhos achariam estranho a casa aberta do lado que ficava virado pra rua.

Os bem-te-vis continuam cantando.
Mas eu, finalmente, derrubei as paredes. As minhas.
Mas não sou tolo, não. Coloquei tapumes ao redor.
Só entra quem eu deixo, e na hora que eu quero.
Tem um cão de guarda e uma placa de afaste-se bem grande.

Parei pra uma aguinha nas obras.
Bom pra mim.
Plim-plim!

segunda-feira, 12 de março de 2007

Zero?

Comecei do meio. Nem sei quando vem o final.

Vâmo fechar, vâmo fechar!
Que senão o leitor de Wittmarsum não recebe o jornal.
É uma conversinha que a gente sempre repete.
E repete.


Se soubessem o quanto a gente corre atrás do jornal de ontem pra manter a cartola do assunto. Afinal, o leitor vai perceber que padronizamos e usamos durante quatro dias "Papai Noel no Congresso Nacional".

NOTA: Cartola, também conhecida como chapéu, avisa sobre o que se trata: saúde, tragédia, eleições, futebol de botão, pentatlo, pentateuco.

Falando em nota: aquela de canto era seis vezes maior do que saiu. Mas entrou um anúncio safado no meio da página, e o texto lindo virou um registro.

Também quebramos a cabeça pra fazer caber um inconscitucionalicimanete onde só tem espaço para um "Cão", sem as aspas. E o -345 não resolve.

A gente também não sabe se cerca, se só põe cinza. Se recorta a foto ou joga pra dentro da arte.

Depende se a foto dá no corte. E também não pode abrir, porque tá com nove de base, e a gente precisa se quinze.

Ferrou. Entrou o cara da CTP!
Atrasamos, atrasamos, atrasamos minha gente!

Quem mandou deixar as espelhadas cor pra trás? É que o texto não veio como a gente esperava
Voltou da revisão! Já foi, já foi! O xízinho já vai aparecer.Ufa (super simbólico)

Que bom que sempre dá tudo mais ou menos certo.
Bem-vindo à Redação do jornal.


Logo mais, nas bancas, por R$ 1,50Se o entregador de Wittmarsum não empombar.
Um dia, o meu de Tubarão rateou. Conto depois. Não muito depois.

Mas eu precisava saber que tinha gente com piriri dos brabos lá para os lados de Xaxim.

Atchim!